sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

CORDEL DE JATÃO

A POLÍTICA
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No alpendre sentado
Eu fiquei a pensar
Como seria a vida
Do povo do meu lugar
Se acabasse eleição
E ninguém mais votar

O povo não se dividia
Nem fazia confusão
Olhava para o vizinho
Como se fosse irmão
Pois ali não existia
A ferida da eleição

O poder pelo poder
Faz a briga do povo
Quem tá não quer sair
Para entrada do novo
Quem ta fora quer entrar
Como sangue novo

A briga é constante
Apenas por posição
Farpas são trocadas
No jogo da acusação
Quem sai diz "fui bom"
Quem entra diz "sou salvação"

No entanto continua
O jogo do poder
Isso já é velho
Não precisa eu dizer
Precisamos é mudar
Eu, tu, ele e você

Não deixemos política
Dissipar na cidade
A união de um povo
Por mera banalidade
Bom mesmo é união
Do povo de uma cidade

Quem briga por política
Não lembra do eleitor
Quer mesmo é cargo
De secretário ou diretor
O resto que se dane
Indo lá pra onde for

Quando vemos briga
Pode prestar atenção
Camarada ganhou
Ou perdeu eleição
A briga é por cargos
Na nova administração

Devo aqui dizer
Política é fundamental
No país como um todo
Do Federal ao Municipal
Para que seja realizado
A lei do constitucional

Porém, não para brigas
De uma população
Que se degladeia
Por alguma posição
Esquecendo amizades
Ou fazendo acusação

Vamos ter que mudar
Política vai e vem
Já de um bom amigo
Amizade nos convém
Não troco por política
A amizade de ninguém

JATÃO DA RÁDIO

sexta-feira, 10 de março de 2017

EM BREVE!

VOLTANDO AS POSTAGENS
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CORDEL DE JATÃO

NÃO LAIGO MEU SERTÃO
Resultado de imagem para MEU SERTÃO
MEU PADIM CIÇO ROMÃO
PEÇO LOGO A VOISMICÊ
DAI A MIM O CONHECER
MODE FALAR DO MEU SERTÃO
SOU MORADOR DESSE CHÃO
NÃO ABANDONO ESSE LUGAR
NASCI AQUI E AQUI VOU FICAR
DESCENDO OU SUBINDO LADEIRA
SAIU NUM PALETÓ DE MADEIRA
SE UM DIA FOR ME ENTERRAR

SÁ MININO VOU LHE DIZER
INHÁ MARIA VOU LHE CONTAR
O SERTÃO É MEU LUGAR
AQUI ESCOLHI MODE VIVER
ME FARTANDO ATÉ O COMER
VOU ESPERNEANDO NESSE CHÃO
POBRE SEM TER UM TOSTÃO
MODE FAZER NEM MINHA FEIRA
CAÇO SERIEMA DE BALADEIRA
MAIS NÃO ARREDO DESSE TORRÃO

AQUI ESPIO PÉ DE CARDEIRO

CALANGO CORRENDO NO CHÃO
TOMO ÁGUA DE CACIMBÃO
COMO BUCHADA DE CARNEIRO
MINHA LUZ É UM CANDEEIRO
MINHA ESPINGARDA É SOCA-SOCA
TIRO PEBA DE DENTRO DA LOCA
CAÇANDO COM MEU CACHORRO
POR ESSA TERRA MATO E MORRO
ESPRITADO FEITO A BESTA TABOCA

ÁGUA BOA É DE QUARTINHA
PAÇOCA AQUI É NO PILÃO
MILHO É MOÍDO NA MÃO
FEIJÃO É COM FARINHA
NO TERREIRO TEM GALINHA
NO CHIQUEIRO CRIO BARRÃO
LEITE TIRO NA MÃO
COZINHO EM FOGÃO A LENHA
CAÇO DE NOITE NAS BRENHA
COM O CLARO DO LAMPIÃO

MONTO EM CAVALO ALAZÃO

CORRO EM TODA VAQUEJADA
PEGO BOI NA INVERNADA
TRAQUEJO TOURO BARBATÃO
DURMO NUM VELHO MATULÃO
NA SOMBRA DE UM JUAZEIRO
FUMANDO UM BOM BREJEIRO
TOMANDO CACHAÇA BRABA
QUE DERRUBA LOGO O CABRA
NO PÉ DA PORTA DO TERREIRO

DO LEITE FAÇO QUAIADA
DA FARINHA FAÇO PIRÃO
COMO TOCIM DE BARRÃO
TOMO CALDO DE MÃO FECHADA
RASPADURA COMO RASPADA
MEL TOMO DE ITALIANA
DOCE COMO DE BANANA
GOSTO DE TAIRA ESCALADA
MACAXEIRA COZINHADA
BEBO PONCHE DE CAJARANA

PLANTO MILHO E FEIJÃO

NOS ALTOS DO MEU ROÇADO
BATATA PLANTO NO MOIADO
EM CAPOEIRAS PLANTO ALGODÃO
SE O INVERNO FOR TARDÃO
FAÇO UMA PRECE A SÃO JOSÉ
MAIS TARDE ESCUTO O CABORÉ
ANUNCIANDO A INVERNADA
QUE CHEGA COM TROVOADA
PRA QUEM ACREDITA E TEM FÉ

POR ISSO NÃO ARREDO PÉ

DESSA TERRA RESSACADA
SECA SEM ÁGUA PRA NADA
NEM PRA FAZER UM CAFÉ
MAIS TEM CARINHO DE MUIER
QUE GOSTA DE VAQUEIRO
ATÉ EM RIBA DE TABOLEIRO
O FURDUNÇO É UM SÓ
MOIANDO A CABEÇA DO SOCÓ
O CABRA FICA MANEIRO

SÁ MININO ESSE É JATÃO
CABRA DA PESTE VALENTE
QUE GOSTA DO BOM REPENTE
E DAS CORRIDAS DE MORÃO
NASCI AQUI NESSE SERTÃO
AQUI QUERO SER ENTERRADO
MAIS VAI SER DEMORADO
MODE EU QUERER MORRER
NESSA TERRA AINDA VOU VIVER
MUITO MAIS DO QUE ESPERADO
MINHA AGENDA TÁ LOTADA
AINDA TEM MUITA INVERNADA
MODE PLANTAR NO MEU ROÇADO

DANOUUUUUUUUU-SE PADIM
JATÃO DA RÁDIO

terça-feira, 1 de novembro de 2016

GRANDE POETISA DALINHA CATUNDA

O PROTESTO DA GALINHA
Um dia uma galinha
Com pena do fiofó
Pediu suplicou a Deus
Que dela tivesse dó
Em tom de lamentação
Fez sua reclamação
Com seu cocorococó:
*
Senhor Jesus me socorra
Pois estou numa pior
Meu fiofó é pequeno
Não podia ser menor
Quero ver se lhe comovo
Diminua o meu ovo
Ou me dê um cu maior.
*
Versos de Dalinha Catunda
Foto: Fatos desconhecidos.

CURIOSIDADES

Veneno de uma das cobras mais mortais pode servir de analgésico
A Calliophis bivirgata, conhecida como cobra coral azul, é uma das serpentes mais mortais do mundo. Ela possui um veneno único, que envia um choque intenso ao sistema da vítima, provocando espasmos em todo o corpo por disparar todos os nervos de uma vez. A descoberta do modo de ação da toxina foi descrita pelo pesquisador Bryan Fry, da Universidade de Queenland, na Austrália. Dependendo da quantidade, o veneno pode matar um ser humano, mas, ironicamente, talvez possa ser usado como um poderoso analgésico.

Esse estilo de veneno, único entre as serpentes, é resultado de uma adaptação evolutiva. A coral azul, que habita alguns países do sudeste asiático, é descrita por Fry como a “matadora das matadoras”. Sua dieta preferida inclui outras cobras venenosas, então toda caça é um jogo de vida ou morte.

— Elas são especializadas em caçar outras cobras venenosas, incluindo jovens cobras reais — disse Fry. — Com sua combinação de listras azuis e cabeça e cauda vermelha, a coral azul é sem dúvida uma das espécies mais marcantes de cobras. Ela também tem as maiores glândulas de veneno do mundo, que se estendem por mais de um quarto do comprimento do corpo.

O pesquisador explica que, normalmente, o veneno das cobras demora a agir. Mesmo entre as serpentes mais venenosas, pequenos roedores morrem alguns minutos após a injeção das toxinas. A coral azul possui uma estratégia diferente. Após a mordida, a presa fica viva, mas é paralisada imediatamente. Segundo Fry, a ação da toxina é similar ao de algumas espécies de escorpiões e do molusco marinho Conus.

— Alguns animais fazem com que os nervos da presa fritem, por causa de um choque intenso no sistema nervoso. O Conus paralisa instantaneamente um peixe, tensionando todos os músculos num espasmo. Isso evita que o peixe fuja do caramujo imóvel — explicou Fry. — Agora nós mostramos que existe uma cobra que mata da mesma forma.

Apesar da rápida ação, o veneno não mata imediatamente, diz o pesquisador. Em vez disso, ele liga todos os nervos da ágil presa ao mesmo tempo, resultando num estado de paralisia instantâneo. A toxina age de forma a prevenir que os nervos possam desligar seus canais de sódio, fazendo com que eles fiquem ativos continuamente.

— Esse veneno atinge um tipo de canal de sódio particular que é importante para o tratamento da dor em humanos — disse Fry. — Esta é outra na longa lista de descobertas úteis de venenos que podem beneficiar a saúde humana.

De "Os contos do Policarpo"

DIA DE SÃO NUNCA
Hoje, 01 de novembro, é o DIA DE TODOS OS SANTOS.
Dizem que um sujeito velhaco comprou um garrote fiado a um vizinho sem a menor intenção de pagar. Depois do bicho laçado e já fora do curral, o sujeito montou-se em seu cavalo, tangeu o novilhote e ainda teve a cara de pau de dizer:
- Compadre, este daqui eu só lhe pago dia de SÃO NUNCA.
- Não tem problema, compadre. Pode levar o garrote. - Respondeu o compadre sem se alterar.

Passou-se o tempo.
Quando foi dia de TODOS OS SANTOS o compadre dono do garrote amanheceu o dia na porta do velhaco:
- Vim buscar o dinheiro que você me deve...
- Que dinheiro?
- O dinheiro do garrote. Hoje é Dia de Todos os Santos e São Nunca, com toda certeza, deve estar no meio.
E foi assim que conseguiu arrancar o dinheiro do finório.

VAQUEIRO

TRADIÇÃO QUE VEM DO CICLO DO COURO
O escritor Antônio Bezerra, cearense de Quixeramobim, no livro O Ceará e os Cearenses, publicado em 1906, assim descreve o vaqueiro nordestino:

“Apesar dos pesares o vaqueiro é um tipo que não desaparecerá do Ceará. Vestido airosamente de estreitas perneiras, espécie de calças de couro, guarda-peito, gibão e chapéu, tudo feito da melhor e da mais bem curtida pele de veado capoeiro (cervus rufus), bem pespontado em admiráveis desenhos a linha (...)

Nas juntas, quando nalguma várzea se rodeia o gado, basta que uma rês se desprenda do magote e corra em busca da mata para que se precipite em vertiginosa carreira até emparelhar e, nesse momento inclinando-se o vaqueiro sobre a sela para o lado direito, enrola na mão o extremo da cauda da rês e num rápido empuxão atira-o ao solo, onde é imediatamente presa ou peada.”

Como se vê, tal atividade era desenvolvida no tempo em que as cercas eram raras no sertão e o gado pastava em grandes soltas, sendo necessário um esforço sobre humano para conduzir os rebanhos para os currais.
http://acordacordel.blogspot.com.br/

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

JATÃO DA RÁDIO / VEJAM CORDEL ABAIXO

FORRÓ E VAQUEJADA NA FM FRATERNIDADE DE SEGUNDA A SÁBADO DÁS 5:00H ÁS 07:00H DA MANHÃ.
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Seu doutor cum licença
Me adiscurpa por favor
Sacordei de madrugada
Na hora que o galo cantou
Pra ouvir a programação
Do meu padim Jatão
Que é um paidégua lecutor

Mermo no cagar dos pinto
Ele chega ca zuada
Falando que só a peste
Como uma cobra criada
Mais é cabra bom de rima
E logo sedo se anima
No calor da vaquejada

Pede logo a Arzira
Uma caneca de café
Quente, amaigo e forte
Ruim que nem rapé
Mode começar o dia
Arretado de alegria
Do geito ca negada quer

E vai trazendo pa nós
As nutiça boa ou ruim
Do agricutor do sertão
Que veve nesse confim
Longe la da cidade
E tem a necessidade
De ouvir que diz o raidim

Jatão é assim compadre
Gosta tombém dum cordel
Tanto grita no microfone
Como escrivinha no papel
Fala coisas do nosso sertão
Com palavras do coração
Que Deus manda lá do Céu

Fala da seca tirana
De Virgulino Lampião
Fala de meu Padim Ciço
Do frade frei Damião
Da famosa vaquejada
De bode fala da buxada
E do xaxado de Gonzagão

Adespois mais tarde
Lá vem denovo Jatão
Cum a ta de Munguengue
Cidade do meu sertão
Queu nunca ouvi falar
E ele diz que vai pra lar
Ta foimando uma lotação

Num sei quem faz mais zuada
Dentro daquele raidinho
Sei que logo de madrugada
Cada um fala um um bocadinho
Inda tem Papacum e Alzira
Ficando que nem macambira
Falando bem escondidinho

Convido vosmicê padim
Mode poder inscuitar
O FORRÓ E VAQUEJADA
Quando se alevantar
Logo de madrugada
Ao cantar da passarada
Jatão na raída já está

TEXTO: JATÃO DA RÁDIO

BRASIL EM DESTAQUE PELA CULTURA DO AGUARDENTE

Cachaça cearense é eleita melhor bebida destilada nos EUA e na Bélgica
A Ypióca surgiu no Ceará há mais de 165 anos e 
conquistou seis premiações internacionais.
Mais uma vez o Ceará se destaca no cenário internacional. A cachaça cearense Ypióca conquistou seis medalhas de qualidade em dois concursos internacionais, realizados nos Estados Unidos e na Bélgica.

Os prêmios foram “New York World Wine and Spirits Competition 2016” e o “Spirits Selection by Concurso Mundial de Bruxelas”.

Na competição de Nova York, a cachaça foi premiada cinco vezes na categoria “Líquido”. Ypióca Cinco Chaves – blend criado com cachaças raras e envelhecidas, caracterizadas por um sabor frutado – e Ypióca Clássica Ouro – com sabor marcante por ser armazenada durante um ano em tonéis de bálsamo -, conquistaram a medalha double gold, máxima da premiação.

As vencedoras das medalhas de bronze, por sua vez, foram Ypióca 160 – conhecida pelo sabor maltado -, Ypióca Reserva Especial Ouro – cachaça envelhecida em barris de carvalho – e Ypióca 150, envelhecida três anos em tonéis de bálsamo e três anos em tonéis de carvalho.

Bruxelas
Em Bruxelas, na Bélgica, a Ypióca 160 foi premiada pelo terceiro ano consecutivo. Dessa vez, conquistou a medalha grand gold, prêmio máximo do concurso queavalia mais de 1.400 destilados de todo o mundo.

Em abril desse mesmo ano, a cachaça cearense conquistou outras cinco medalhas, entre ouro, prata e bronze na “2016 San Francisco World Spirits Competition”, uma das mais respeitadas e influentes competições internacionais de destilados.

A Ypióca é uma das mais tradicionais cachaças premium do Brasil, surgida no Ceará há mais de 165 anos. Foi a primeira marca a exportar cachaça para a Alemanha, em 1968.

*Tribuna do Ceará

CULINÁRIA NORDESTINA

Carne de Sol Com Banana da Terra
Ingredientes
 Azeite de oliva 40 ml
Alho picado 10 g
Banana da terra 4 unidades
Caldo de carne 500 ml
Carne de sol dessalgada 600 g
Cebola roxa picada 150 g
Pimenta-do-reino branca em grãos a gosto
Sal a gosto
Salsa fresca picada 1/4 molho 
  
  
Modo de preparo:
 
1. Corte a carne em cubos de 5 centímetros
2. Em  de pressão, refogue a cebola no azeite, junte o alho e continue refogando.
3. Acrescente o extrato de tomate, refogue, junte a carne, a pimenta do reino e refogue até que a carne ficar corada.
4. Adicione o caldo de carne. Cozinhe por 20 minutos.
5. Abra a panela e verifique se a carne está macia, tempere com sal, acrescente as bananas descascadas e cortadas em rodelas não muito grossas.
6. Cozinhe até que as bananas estejam macias com a panela sem tampa. Finalize com a salsa picada.
7. Sirva com arroz branco.

Questiona o Senador José Agripino...

“Acabar com a vaquejada sem mover uma palha que garanta empregos, É isso?

José Agripino na inauguração do Parque Vaca Brava, 
em Ouro Branco/RN, em 1991.
O Senador José Agripino (DEM/RN) ocupou a Tribuna do Senado para defender a continuidade da vaquejada no Nordeste, como tradição cultural e geradora de milhares de empregos na região.

Ele apoia as proposições que visam guardar em Lei as novas regras que protejam os animais, preservem a tradição e mantenham a renda dos trabalhadores do setor.

Para o Senador é inconcebível acabar com a atividade e não mover uma palha para garantir os empregos e a cultura nordestina.