quarta-feira, 7 de março de 2012

No mês da mulher, trabalhadoras rurais fazem ocupações pelo país

A Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas 2012, que teve início na semana passada, já soma 12 ações em sete estados. Na Bahia, uma área da empresa Stora Enso foi ocupada. Em São Paulo, já ocorreram atividades em Iaras e Promissão. Em Goiás, as mulheres realizaram manifestações diante da Embrapa.

No Rio Grande do Norte, houve trancamento de rodovia. No Rio Grande do Sul, pedágios foram liberados. No Pará, a sede do Incra foi ocupada. E no Ceará, 400 mulheres da cidade se juntaram a 400 mulheres do campo durante os protestos.

No 8 de Março, mais de 20 organizações paranaenses vão compor a “Marcha das Mulheres do Campo e da Cidade: por Justiça Social e Ambiental, Contra a Violência”, a partir das 9h, com concentração na Praça Santos Andrade.

Reforma agrária

Em 2011, o governo federal assentou 22.021 famílias, segundo o Incra. É o mais baixo índice registrado nos últimos 16 anos. O maior índice foi no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando 136.358 famílias tiveram acesso à terra.


Outro fator que vale destacar é a mudança de concepção do foco de atenção que teria ocorrido no atual governo. "No governo de Fernando Henrique, a única coisa que se fazia era a distribuição de lotes. Com o Lula surgiu a preocupação em dotar os assentamentos de infraestrutura", disse. "Houve mais investimento na construção de estradas, casas, redes de energia elétrica e de água."

Com a ascensão de Dilma, segundo o presidente do Incra, Celso Lisboa Lacerda, o foco passou a ser criação de melhores condições para que os assentados produzam e gerem renda.

"Boa parte da estrutura do Incra está dedicada hoje à assistência técnica, melhoria das condições de infraestrutura, regularização ambiental", afirmou. "Isso reduziu em parte a capacidade de assentar novas famílias, mas é preciso compreender que a reforma não se resume à criação de novos assentamentos. Na verdade, a parte mais difícil vem depois da concessão do lote às famílias, que é o desafio de inserir as pessoas no processo produtivo, na agricultura familiar."


Com MST e agências

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