sexta-feira, 15 de junho de 2012

MÃE-D' ÁGUA


MÃE-D’ÁGUA
*
Uma trama se desenha
Á penumbra me seduz
Vem montada no crepúsculo
A vontade que me induz
A mergulhar no desejo
Despudorada sem pejo
Só a paixão me conduz.
*
Não temo a boca da noite
Mergulho na escuridão
Desperta-me a mãe d’água
Nos mistérios da paixão,
Com meu canto fascinante
Astuta me faço amante
Nas garras da sedução.
*
Aprisionado ao meu canto,
Virilidade ele ostenta.
Arrebatado, lascivo,
 Desvencilhar-se não tenta,
E sempre que tenho sede
Jogo novamente a rede,
Ele cai e me contenta.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

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