sexta-feira, 29 de agosto de 2014

DIA DO VAQUEIRO

29 de Agosto – Dia Nacional do Vaqueiro

Dia instituído pela Lei número 11.797/08. Questões históricas justificam a escolha da data para comemorar o Dia Nacional do Vaqueiro. No estado do Piauí, na cidade de União, no dia 29 de agosto de 1944 foi organizada a primeira passeata de vaqueiros do Brasil.
 

O tipo étnico do vaqueiro provém do contato do branco colonizador com o índio, durante a penetração do gado nos sertões do Nordeste brasileiro.

O vaqueiro é a figura central de uma fazenda. Seu trabalho é árduo e contínuo. Passa grande parte do tempo montado a cavalo percorrendo a fazenda, fiscalizando as pastagens, as cercas e as aguadas (fonte, rio, lagoa ou qualquer manancial existente numa propriedade agrícola).

A vestimenta compõe-se de gibão, pára-peito ou peitoral, perneiras, luvas, jaleco e chapéu. O gibão é enfeitado com perpontos e fechado com cordões de couro. O pára-peito ou peitoral é seguro por uma alça que passa pelo pescoço. As perneiras que cobrem as pernas do pé até a virilha são presas na cintura para que o corpo fique livre para cavalgar. As luvas cobrem as costas das mãos, deixando os dedos livres e nos pés o vaqueiro usa alpercatas ou botinas.
O vaqueiro usa sempre um par de esporas e nas mãos uma chibata de couro, indicando que, se não está montado poderá fazê-lo a qualquer momento.

POSTADO POR  NATHAN JADIEL

O VELHO VAQUEIRO

O Velho vaqueiro chora 
Com saudades do passado. 
Mesmo c’ um nó na garganta 
Solta um aboio chorado 
Num relembrado penoso 
Lacrimeja o desditoso 
No seu canto acabrunhado.

Pita um cigarro de palha 
E puxa pela memória 
Buscando em cada pitada 
Um pouco de sua história 
Coloca e tira o chapéu 
Olha pro chão e pro céu 
Nas cenas da trajetória.

Hoje somente a saudade 
Habita seu coração. 
Pois morando na cidade 
Vive de recordação, 
E chora pela boiada 
Que por ele era tocada 
Nas quebradas do sertão.

Texto de Dalinha Catunda

Foto retirada do site oficial de Ipueiras

 DO BLOG JATÃO VAQUEIRO:
Mostrando sentimento
Minha querida Dalinha
Mostra o sofrimento
Do vaqueiro da terrinha
Que hoje mora na cidade
Vivendo a modernidade
Longe da vida que tinha

Não tem mais o terreiro
Cheio de galinha e pato
Não corre no tabuleiro
Atrás de boi no mato
Nem planta mais feijão
Pra comer com chambão
Que no sertão é bom prato

Fica a saudade do gado
Das vacas do curral
Do jumento encambitado
Chapéu de couro e bornal
Da novilha amarela
Que corria atrás dela
Dentro do mofumbal 

Mais a vida continua
E o vaqueiro afamado
Olhando o claro da lua
Ainda lembra do passado
Quando tangia boiada
Dentro da mata fechada
Num cavalo bem arreado

Texto: Jatão Vaqueiro

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