quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CORDEL

DESENCONTROS NATALINOS!!!

É dezembro e novamente
Outro Natal se aproxima
Vendo a criança carente
Resolvi entrar mo clima
Lembrando a Papai Noel
Pra que cumpra seu papel
Que é sempre fazer o bem
Indo pra o campo ou cidade
Levando a felicidade
Pra o que tem e o que não tem.

Pra que fique mais atento
É que faço meu alerta
Aproveite esse momento
Entre em cada porta aberta
Alimentando a quimera
De quem tanto lhe espera
Com carinho e emoção
Vá levar esse socorro
Pra o que mora lá no morro
E vive sem proteção.

E além de visitar
A casa rica e bonita
Também precisa passar
Na mais rude palafita
Aceite esse desafio
Pra o que sofre fome e frio
Entregue agasalho e pão
Praquele mais indigente
Leve também seu presente
E pra ele estenda a mão.

Quando for presentear
Aquele menino nobre
Faça sem descriminar
O que é mendicante, pobre.
Siga os princípios de Deus
Que apoia os filhos seus
Sem ver credo raça ou cor
Governa encaminha e rege
Ampara, acolhe e protege
Com igualdade e amor.

E por muito observar
Digo assim Papai Noel
Por vezes chego a pensar
Que o senhor é infiel
Faz de forma aleatória
Toda sua trajetória
Deixando em cada janela
Um presente pra o ricaço
E sequer leva um abraço
Pra o que mora na favela.

No meu jeito de pensar
Essas não são as bitolas
E chego a imaginar
Que está trocando as bolas
Não que o rico não mereça
Mas, fazer com que se esqueça
Do sem nada, o Zé Ninguém
Que já lhe espera ansioso
Se agir de modo doloso
Seu trabalho fica aquém.

Visite beco, viela,
Praça, rua, e avenida
O que tem a vida bela
Ampla, farta, divertida
Mas também o pobrezinho
Que espera um presentinho
Na mais humilde palhoça
Alimentando a esperança
Que o senhor na sua andança
Possa passar lá na roça.

É Papai Noel, espero
Que ora esteja mais ativo
Porque para o ano eu quero
Ter farto e amplo motivo
Pra não mais lhe criticar
E num versejo exaltar
Sua ação boa, seu brio
E ao fazer meu poema
Possa colocar no tema
Pra o senhor, só elogio.


Carlos Aires

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