sexta-feira, 20 de junho de 2014

HISTÓRIAS DO CANGAÇO

A Colher de Prata de Lampião
Colher de prata da época do cangaço, 
acervo João de Sousa Lima
Há muito que as peripécias de Virgolino Ferreira da Silva, vulgo Lampião tem sido onipresentes no imaginário de várias gerações de escritores, poetas, repentistas, músicos, sertanejos, e estudiosos que militavam/militam na área da pesquisa cangaceirista, como elemento demarcador de sua onipotência.
Nesse sentido, muitos textos lampiônicos, atribuem a Virgolino Ferreira da Silva, a rotineira análise toxicológica em alimentos, sólido e/ou líquido, oferecidos por pseudos-coiteiros, supostamente contaminados por venenos, sendo que a detecção de tal substância mortífera era realizada, pela mudança de coloração assumida por uma colher de prata, que entrava em contato com tal alimento.Sobre aquela mudança de coloração ocorrida na colher “especial” de Lampião, Mota (1976, p.09) diz:
"No sertão pernambucano, uma mulher pretendeu envenená-lo. Lampião convidou-a a beber da cachaça em primeiro lugar. Ela desculpou-se, alegando que estava purgada. Virgolino tirou do embornal uma colher de prata e meteu-a no copo. A colher enegrece. Lampião percebe a cilada, agarra pelos cabelos a ousada sertaneja, amarra-a ao tronco de uma árvore, embebe-lhe de querosene as vestes e queima-a viva, desfechando-lhe, por fim, um tiro de misericórdia no seio estorricado” (grifo nosso).
Geziel Moura Pesquisador
http://cariricangaco.blogspot.com.br/

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