quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

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Projetos tentam revitalizar campo
A estiagem castiga de forma mais severa o Rio Grande do Norte há pelo menos três anos. Desde 2012, a irregularidade das chuvas produz cenários catastróficos: rebanho morto, perdas nas lavouras e falta de água para consumo humano são alguns elementos presentes na maioria dos municípios. Na Emparn, alguns pesquisadores se debruçam sobre trabalhos que, a longo prazo, podem amenizar os efeitos deste processo no semiárido potiguar.
Marcone César, da Emparn, explica estudo sobre a plantação de palma irrigada que vem sendo desenvolvido no Seridó e Oeste

Dois estudos têm como figura principal a palma. A cactácea comestível é usada para alimentação de animais e, no Rio Grande do Norte, não é muito comum. Diferente do que acontece nos Estados vizinhos da Paraíba e Pernambuco. O coordenador de pesquisa e produção animal da Emparn, Guilherme Ferreira da Costa, está à frente de um estudo que trabalha com a plantação de palma irrigada.

A ideia é plantar a espécie e utilizar água para sua reprodução. O que parece ser um consenso à primeira vista – posto que os mananciais estão em estado de colapso –, revela-se uma boa alternativa, segundo o estudioso. “Com a irrigação, conseguimos produzir a planta nas regiões do Seridó e Oeste potiguar. O que não acontecia antes da técnica”, diz.

A técnica consiste em plantar de 30 a 50 mil plantas por hectare e irrigar, uma vez a cada 10 dias, a área com 10 litros de água por cada metro quadrado. “O consumo de água é muito baixo. Em outras culturas, são utilizados até 65 mil litros de água por dia”, conta Guilherme que estuda a técnica há pelo menos quatro anos. Para tocar a pesquisa, a Emparn conseguiu validar financiamento na ordem de R$ 2 milhões junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Tribuna do Norte

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