sexta-feira, 12 de junho de 2015

VERDADE QUE AS VEZES NÃO SE SABE

SÓ A CHUVA É A SOLUÇÃO?
Neste dois mil e quinze tem havido
No Nordeste uma grande desvantagem
Os efeitos da forte estiagem
Vão deixando o seu povo mais sofrido
Com o solo infecundo e ressequido
Lavradores não produziram nada
Se a água está quase acabada
É difícil viver na região
Só a chuva será a solução
Para o fim desta seca prolongada
.


Essas situações são cruciais
Pela ausência do inverno que conspira
Xiquexique, cardeiro e macambira
Esses são resistentes vegetais
A floresta composta dos demais
Só parece que foi incendiada
A caatinga ficou acinzentada
Mato verde acabou-se no sertão
Só a chuva será a solução
Para o fim desta seca prolongada.

Sem chover vai crescendo o sofrimento
As pessoas têm mais necessidades
Falta água nos sítios, nas cidades
Só tem muita poeira, sol e vento
A pastagem extinta em cem por cento
Maioria das reses dizimada
As caveiras nas margens da estrada
São sinais da pior devastação
Só a chuva será a solução
Para o fim desta seca prolongada.

Dos governos só vem paliativo
Entra ano e sai ano, é sempre assim
Só mudança no clima põe um fim
Nesta seca de efeito tão nocivo
Vindo a chuva, o chão seco fica vivo
Recupera-se a terra devastada
Muita água vai sendo acumulada
Pra o Nordeste, Deus traz ressureição
Só a chuva será a solução
Para o fim desta seca prolongada.

Autor: Zé Bezerra
Seca:um problema político e não climático
O problema da seca não é inédito, nem exclusivo do Nordeste brasileiro. Ocorre com frequência, apresenta uma relativa periodicidade e pode ser previsto com certa antecedência. A seca incide no Brasil, assim como pode atingir a África, a Ásia, a Austrália e a América do Norte. As secas são conhecidas, no Brasil, desde o século XVI.

Após quatro séculos o Nordeste continua sendo atingida pela seca e os governos continuam assistindo o flagelo que ela traz, de forma imparcial e inerte. Quando agem, usa o assistencialismo como moeda de troca. Afinal, socorrer os sertanejos traz rendimentos políticos. Fato confirmado em 2013, quando a presidente anunciou em Fortaleza a prorrogação, até julho, do Bolsa Estiagem e do Garantia-Safra, benefícios serão pagos enquanto durar seca.

Como podemos perceber essa a ação não vai de encontro ao problema da seca, uma vez que é de curta duração e só remedia as consequência, sem amenizar suas causa. A falta de compromisso é tamanha que até o dinheiro dos carros pipas é desviado pela ausência de fiscalização do governo. Para justifica a falta de empenho para o problema e garantir seu interesses, o governo propagou que o problema da estiagem é de responsabilidade de Deus, mais precisamente a vontade de Deus.

Ingênuo e inculto, o matuto acredita em tamanha mentira. Para contradizer os políticos, basta saber que em Isabel, por exemplo, a quantidade de chuva é bem menor que a nossa, no entanto, há produção agrícola e controle no fornecimento de água. Outro exemplo de que os fenômenos natura podem ser perfeitamente enfrentados é Japão. Sabendo que pode ser atingido por terremotos ou maremotos, realizam suas edificações com tecnologia que minimizam os efeitos dos tremores.
Observamos que os políticos, costumam fazer política com o sofrimento e com a miséria do povo. As alternativas de produção têm e não são implementadas porque, não existem administradores públicos sensíveis as necessidades do povo, com uma visão de empreendedorismo capaz de desenvolver o Nordeste e reduzir a miséria de forma concreta. Mas tudo isso requer vontade política para definir ações estruturadoras no semi-árido. E tem faltado porque concretizá-la significa contrariar interesses, muitas vezes situados na base de apoio parlamentar aos governos.

É necessário entender que as inúmeras esmolas que foram distribuídas ao longo deste tempo, em nada mudaram a condição de miséria que se encontram os sertanejos. Recursos que deveriam ter sido utilizados para o efetivo combate das causas da estiagem no Nordeste.



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