segunda-feira, 13 de julho de 2015

CORDEL

QUANDO CHOVE NO SERTÃO
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O nordeste tem um clima
Propício para o verão
Sempre abaixo da média
Anunciam a previsão
De chuva pra abastecer
Esta nossa região

Se acontecer ao contrário
Tudo fica diferente
Cedo as nuvens se formam
Para o lado do poente
Mas a noite a chuva vem
Do outro lado nascente

Se for chuva muito grossa
Enche os mananciais
Cachoeiras e açudes
Rios transbordam nos cais
E a natureza festeja
Nos cantos dos sabias

O sertanejo aproveita
Para fazer o plantio
De feijão, milho e fava
O arroz é no baixio
Principalmente onde encosta
Água parada do rio

A cacimba soterrada
Sangra poço e cacimbão
O córrego levando água
Sem saber a direção
Essas senas são constantes
Quando chove no sertão

O capim cresce ligeiro
O mata-pasto também
Carão anuncia enchente
A visita é o vém vém 
Sapo canta noite inteira
Foi e não foi sem ver ninguém

Se a passarada pudesse
Fazer sua orquestração
As quatro da madrugada
Era a melhor diversão
Despertando o sertanejo
Do nosso amado sertão

Estas frágeis criaturas
São constantes ameaçadas
Os predadores os perseguem
As presas são sufocadas
Sem ter direito voar
Numas gaiolas trancadas

O agricultor é o astro
Que brilha na natureza
Sua fé se move viva
Como uma lâmpada acesa
Quando planta aposta e diz:
Tem colheita com certeza

Os grupos dos animais
Fazem festa de alegria
Quando a chuva caí e rola
Principalmente de dia
Da formiga ao boi de carga
Do mosquito até a jia

Nuvens escuras se formam
Por baixo relampejando
O trovão pai da qualhada
A chuva anunciando
E os sertanejos felizes
O temporal esperando

Quando chega faz efeito
Os rolos de água no chão
Muda a cor dos vegetais
Enche poço e cacimbão
E as cachoeiras zoando
Embelezando o sertão

A cantiga do carão
Parece uma serenata
O pirilampo voando
De noite ilumina a mata
E o tatu sai da toca
Para olhar a catarata

Não faltando no sertão
Chuva boa todo dia
A colheita é garantida
Toda lavoura é sadia
E o sertanejo festeja
Repleto de alegria

Viva o sertão terra boa
Do Nordeste o coração
Que mantem acumulado
A cultura, a tradição. 
Para esbanjar quando chega
O período do São João

Nordestino agricultor
É honesto firme e forte
Planta no seco e espera
Confia sempre na sorte
Mas homem assim só tem
No Rio Grande do Norte .
HELENA  BEZERRA
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