segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CRISE DA ÁGUA

Programa de cisternas no semiárido nordestino enfrenta revés do ajuste fiscal
Cisterna garante água de qualidade para as comunidades e 
reverte problemas seculares como as migrações
Depois de tornar viável a instalação de mais de 500 mil cisternas para captação de água de chuva no semiárido nordestino desde 2003, ano do início da primeira gestão do governo Lula, o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), realizado pela sociedade civil e apoiado com recursos do governo federal, enfrenta este ano o revés do ajuste fiscal, como outros programas sociais que nos últimos tempos têm sido fundamentais para o enfrentamento de uma seca histórica na região, que deve se estender pelo menos até 2018, segundo previsões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em setembro, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou R$ 100 milhões para o programa até agosto de 2016, o que deve viabilizar mais 31 mil cisternas, mas esse recurso é a metade do que foi previsto na proposta orçamentária para o próximo ano, enviada pelo governo ao Congresso. E mesmo com R$ 200 milhões o programa ainda sofre cortes, já que em 2013 ele superou a marca de R$ 350 milhões, viabilizando cerca de 100 mil reservatórios. “Estamos ainda trabalhando com recursos de 2014; recursos novos para o acesso a água em 2015 não existiram, o ajuste fiscal realmente segurou esses recursos”, afirma a coordenadora Valquíria Lima, da Articulação para o Semiárido (ASA), organização não governamental que executa o programa.
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